quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Feliz Ano Novo a todos nós, paz, saúde, sucesso, mas antes de mais nada precisamos de despreendimento, afinal num piscar de olhos a vida muda, o tempo passa, envelhecemos e partimos. Que partamos tendo vivido o presente, como se cada dia fosse o último e então enternizaremos o momento.

Nascer

Vi um mar de sangue e morte;
Vi caos e descontentamento;
Vi portas de dor e sofrimento;
E me vi largada a própria sorte.

Era dor lacerante, dor profunda;
O reflexo da alma esquartejada;
O reflexo da vida lacerada;
Era pura matéria flácida e imunda.

Era o início de todos os tormentos;
Era a vida em fim a se mostrar;
Tão crua quanto possa estar;
Para gerar tal desalentamento.

E respirei em fim, vivi,
Era apenas água e sangue, o mundo;
Um respirar de dor profundo;
A vida, um colo, então nasci!


Monica Gomes Teixeira Campello de Souza

Um comentário:

  1. Lindo! Amiga, a dor imensa apreendida e sentida, viva em si mesma, dilacerada, surgindo perfeita no fênix de uma fumaça fininha... Afinal, é a própria vida, bem elaborada.
    Um forte abraço,
    Eliane Duarte

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