Perfeito, luminoso, paraíso imenso,
Como balança pesando a um só lado,Que Deus vendo incompleto seu intento,
Moveu-se alterando seu inerte estado;
A solução gerou o caos harmonioso,
E de um lado de Deus o soturno emergiu,
E com ele o obscuro vácuo tenebroso,
Contrapesando a constância o mutável surgiu;
E agora eis o homem mirando-se no espelho,
Em busca de si, buscando explicações,
Por caminhos loucos e procuras vãs;
Face a face consigo, de si para si,
O homem teme atingir o imutável,
Mas a que interessa saber-se alterável?