segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Vão sofrimento.



Sofri de um sofrimento inútil, volátil
O tempo passou ao meu lado, invisível.
Invisível como o amor não revelado.
Instável, platônico, desmembrado.

Alcancei com esforço a porta de saída
Era longa, escura, inevitável,
Era importante não olhar para trás,
Mas no mesmo instante já havia olhado.

Um instante, um vislumbre do passado,
Precioso momento, gélido, esquálido,
Vi fechar-se a porta de saída
Onde jamais deveria ter entrado

Tateei no escuro em paredes lisas
Paredes imunes aos meus pecados
Estremeci, estupefata, quando vi
Numa lápide meu corpo enterrado.

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