sábado, 3 de novembro de 2012

PESARES



No entardecer de meus pesares,
Vejo as dores idas, revestidas de luto,
Do negro véu da saudade,
Das perdas invitáveis.

Das explicações inconvincentes,
Dos mistérios insondáveis, torturantes,
Vejo o entardecer dos meus dias
No espelho dos meus olhos negros enlutados.

Um luto de esperança transversa,
Sem máscaras, sem escrúpulos.
As tardes do meu luto envelhecem
E vejo o anoitecer dos meus pesares.

Para mim era aquele o precioso dia
Encontrei a fria lua na escuridão envolta,
Acariciei a lua com as lágrimas das minhas dores,
E, as sinto macia.


Não levo nada de meu para a noite
Me agarro as sombras dos meus pesares
Dia após dia, passo a passo, vou ao penhasco
Descanso minhas dores e então, salto.


Por Monica Gomes Teixeira Campello de Souza

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