quarta-feira, 25 de julho de 2012


Segue a baixo informações sobre algumas peculiaridades da Índia, um país totalmente envolvido em espiritualidade. As fotos são de uma amiga obviamente “Iluminada” Rosa Maria esposa do meu orientador de Doutorado, o Prof. Antonio Roazzi.
Belo lugar, bela história, certamente vale a pena dar uma parada para apreciar.
As fotografias foram manipuladas por mim. (mgtcs)


Informações sobre a montanha sagrada Arunachala:

Arunachala (Giri), monte sagrado localizado em Thiruvannamalai, Tamil Nadu na Índia, que segundo a tradição representa a encarnação de lord Shiva.
Tiruvannamalai, localizada no Sul da Índia, poderia ser apenas mais uma cidade em meio a centenas de outras, desse país milenar, mas, se distinguiu entre todas pois  foi nesse lugar, situado aos pés do monte Arunachala , que nasceu e viveu  um homem considerado santo, um dos  mestres mais especiais e importantes da Índia – Sri Ramana Maharishi (30 de dezembro de 1878 — 14 de abril de 1950) .
Considerado um dos maiores sábios de todos os tempos, ficou conhecido no Ocidente após a publicação do livro “A Índia Secreta”, do jornalista e escritor inglês Paul Brunton, que retratou seus ensinamentos, transmitidos, na maioria das vezes, em silêncio absoluto aos seus discípulos. Outro autor famoso que deu destaque à Ramana Maharshi foi Paramahansa Yogananda, na Autobiografia de um Iogue, ao visitá-lo durante seu regresso à India em 1935.
Diversas personalidades, como  Mahatma Ghandi, foram ao ashrama visitá-lo. Ghandi, foi vê-lo para receber o darshan (bênção conferida pelo olhar de um homem santo) de Ramana, em busca de apoio para seu movimento de libertação da Índia.
Sri Râmana Maharshi nasceu na região do Tamil Nadu, sul da Índia. Aos 16 anos, após a morte do pai, passou por uma vívida experiência relacionada à morte e, por seu intermédio, despertou para o estado que transcende, origina, constitui e engloba os campos físico, emocional e intelectual, passando a viver permanentemente nesse estado, denominado realização espiritual.
Depois de algum tempo, abandonou sua casa e família e partiu como Sadhu (peregrino ou eremita) para a cidade de Tiruvannamalai (190 km ao sul de Madras), onde passou o restante da vida na montanha de Arunachala, considerada por ele como uma montanha sagrada.
Sua presença irradiava uma grande paz, tornando fácil e natural a convivência na comunidade, inclusive com os animais selvagens que habitavam a montanha sagrada, que atraiu milhares de pessoas a Arunachala. A essência dos seus ensinamentos é o “Vichara” (self-enquiry), ou investigação direta, interior, por meio dos questionamentos: “Quem sou eu?”.
Conhecer a verdade acerca de si mesmo é ser essa verdade, já que não somos dois, um para conhecer o outro. Cada um é a própria Verdade absoluta; ou Deus, para usar uma outra palavra.
Ramana era chamado pelos discípulos de “o Mestre do Silencio” uma vez que não precisava  pronunciar nenhuma palavra  para dar a sua mensagem, bastava um olhar.
Assim, Shri Ramana Maharshi foi o grande representante da sabedoria milenar da Índia no século XX. Isso não significa que ele tenha sido acadêmico que sabia de cor e salteado os textos sagrados da religião, mas sim que viveu e personificou à perfeição de tal sabedoria. Na verdade, ele não escreveu nenhum livro.
Observe-se o que Arthur Osborne na biografia " Ramana Maharshi e o Caminho do Auto Conhecimento” escreve a respeito:
" O Arunachala é um dos mais antigos e sagrados de todos os locais sacros da Índia. Sri Ramana Maharshi declarou que se trata do coração da Terra, do centro espiritual do mundo. Sri Shankara chamou-o de Monte Meru. O Purana Skanda diz: - Aquele é o sítio sagrado. Entre todos, o Arunchala é o mais sagrado. É o coração do mundo. Saibam que é a sacra e secreta sede do coração de Shiva.”
Muitos santos ali viveram, e Sri Ramana confirma, que até hoje Siddhas (sábios dotados de poderes sobrenaturais) habitam muitas das suas grutas, seja com seus corpos físicos ou não, e há quem os tenha visto pela noite vagando pelo monte sob a forma de luzes.
O Puranas contam a seguinte história sobre a origem do monte.
Certa vez Vishnu e Brahma entraram em luta para saber qual dos dois era o maior. A briga entre eles pôs a Terra em caos, de modo que os Devas se aproximaram de Shiva e lhe rogaram que a pendência fosse resolvida. Shiva manifestou-se então como uma coluna de luz da qual saiu uma voz declarando que aquele que fosse capaz de encontrar-lhe as extremidades superior e inferior era o maior.
Vishnu tomou a forma de um javali e escavou a terra em busca da base, ao passo que Brahma tomou a forma de um cisne e voou para as alturas a procura do cume. Vishnu não conseguiu atingir a base da coluna, mas começando a perceber dentro de si a Luz Suprema que mora no coração de todos, perdeu-se em meditações, esquecido do seu corpo físico e sem mesmo dar-se conta da própria existência. Brahma por sua vez, viu uma flor caindo do alto de uma árvore da montanha, e, ardilosamente, para ganhar a disputa, apanhou-a e declarou tê-la colhido no cume.
Vishnu reconheceu seu fracasso e dirigiu-se ao Senhor, rezando e louvando-o: - Vós sois o Autoconhecimento. Vós sois OM. Vós sois o começo, o meio e o fim de todas as coisas. Vós sois tudo e iluminais tudo.
Vishnu foi declarado grande, ao passo que Brahma foi humilhado e reconheceu seu erro.
Observe-se que nessa fábula Vishnu representa o ego ou individualidade e Brahma a mentalidade, enquanto Shiva é Atma, o Espírito.
Diz ainda a história que por ser a coluna de luz demasiado deslumbrante a vista, Shiva manifestou-se então na forma do monte Arunachala, dizendo: -“ Assim como a lua recebe do sol a sua luz, assim também os demais locais sagrados receberão sua santidade do Arunachala. Este é o único lugar em que assumi esta forma em benefício dos que desejam adorar-me e obter iluminação. O Arunachala é propriamente OM. Aparecerei no cume deste monte todos os anos no Kartikai, sob a forma de um farol apaziguador.

Deus nos abençoe a todos!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Poesia e Imagem por Monica Gomes Teixeira Campello de Souza (mgtcs), todos os direitos reservados.

segunda-feira, 23 de julho de 2012